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Confira o que vai acontecer com os programas sociais após mudança de Governo

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva tomará posse em 2023 devido a um orçamento apertado e à desaceleração econômica. O cenário deve afetar algumas áreas que são consideradas importantes para o novo representante, especialmente os programas sociais.

27/12/2022 às 21h18
Por: Redação
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Foto: Divulgação.
Foto: Divulgação.

Economistas entrevistados pelo G1 argumentam que a falta de fontes de financiamento gera incerteza sobre a implementação das promessas de campanha do PT. Entre os principais compromissos sociais assumidos por Lula estão os seguintes:

 

  • Manutenção do Auxílio Brasil de R$ 600 e criação de adicional de R$ 150 por criança até 6 anos;
  • Adoção da política de valorização do salário mínimo;
  • Fim do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil;
  • Volta do programa Minha Casa Minha Vida;
  • Reajuste no benefício de aposentados;
  • Mais recursos para merenda escolar;
  • Universalização da internet nas escolas;
  • Criação do Desenrola Brasil, programa de renegociação de dívidas.

O que deve ser cumprido?

Segundo especialistas, nem todas essas promessas serão cumpridas no ano que vem. Segundo Ariane Benedito, economista especializada em mercado de capitais, em 2023 apenas as ajudas brasileiras e os reajustes do salário mínimo acima da inflação devem sair do papel.

"Outros projetos anunciados na campanha de Lula não devem ser discutidos em um primeiro momento, por exemplo, a adequação dos salários dos aposentados não será feita, já que a Previdência ainda é o maior gasto presente no orçamento e ainda é um debate ainda maior devido às recentes reformas", diz.

Claro, tudo isso se a PEC de transição conseguir a aprovação do Congresso. Se o documento que retira as despesas necessárias do texto de despesas for proibido, apenas a ajuda brasileira será viabilizada por medidas provisórias.

 

Responsabilidade fiscal

 

A razão para adiar os compromissos de campanha é a falta de orçamento. Na opinião de Braulio Borges, associado do Instituto Brasileiro de Pesquisa Econômica da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), o principal desafio é tornar todas essas propostas possíveis sem levar ao fechamento de máquinas públicas.

 

"Responsabilidade fiscal e programas sociais precisam andar juntos, porque mesmo que não façam isso, não há uma política pública sustentável a longo prazo. De qualquer forma, essa despesa precisa ser devidamente financiada e provavelmente será devido ao aumento da carga tributária", disse.

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