Em geral, a intenção é ajudar um grupo de 36 milhões de brasileiros que deixaram de pagar suas dívidas e oferecer novas condições de pagamento junto aos bancos. Para isso, podemos ter uma aplicação intermediária que facilite nossa operação.
Até Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já discutiram os detalhes do programa. A reunião aconteceu na manhã da última segunda-feira no Palácio do Planalto (6). A expectativa da equipe econômica é que Lula aprove a versão final do Desenrola, e um anúncio será feito nos próximos dias. Abaixo, saiba mais.
Implantação do programa Desenrola : Veja o que se sabe até agora.
Antes de mais nada, é importante lembrar que a renegociação das dívidas de milhões de brasileiros inadimplentes foi a promessa da campanha do PT. Na semana passada, em solene no planalto, Lula voltou ao tema e disse que era preciso "encontrar uma maneira de libertar os brasileiros do alocho do crédito".
Os números da Serasa mostram que pelo menos 70 milhões de brasileiros estão atualmente inadimplentes. Ou seja, os segmentos com maior concentração de endividamento são:
Em suas palavras, o presidente aponta:
"Temos que encontrar uma maneira de resolver isso."
Afinal, quem pode participar do programa?
Fontes da equipe econômica indicaram como é o design atual do programa. Inicialmente, é dada preferência a pessoas com dívidas de até R$ 5 mil e ganham até dois salários mínimos. De acordo com estimativas do Ministério das Finanças, o grupo totaliza cerca de 36 milhões de pessoas e é apelidado de "Faixa 1" pelo The Unwinds.
Em suma, a renegociação da dívida é garantida pela União através de fundos públicos em caso de novo incumprimento por parte dos consumidores no futuro. No entanto, alguns pontos ainda não estão definidos. Por exemplo, uma delas é saber exatamente quais recursos serão utilizados e o valor total das garantias prestadas pelo governo.
Lula será a última palavra, mas a equipe econômica de Petista já está trabalhando em Desenlora com alternativas que variam de 10 bilhões a 20 bilhões de reais. Além do grupo "Faixa 1" mencionado acima, destina-se a devedores com renda de até dois salários mínimos e débitos de até R$ 5.000 por CPF, e o programa destina-se a incluir também inadimplentes com renda e dívidas mais altas. No entanto, esse segundo grupo de credores não garante o tesouro estadual.
Como se dá a renegociação?
Em suma, o que se sabe até agora é que o sistema de renegociação da dívida passa por um enorme leilão virtual organizado pelo governo federal. Além disso, esses leilões são divididos por setor. Por isso, empresas do mesmo segmento que oferecem os maiores descontos sobre dívidas correntes podem participar do programa.
A partir daí, o novo valor da dívida estará disponível por meio do The Unroll para que bancos e instituições de crédito façam ofertas de refinanciamento em até 60 parcelas. Por fim, por exemplo, a ideia de que bancos, varejistas, telefonistas, distribuidoras de energia e empresas de água e esgoto possam participar do leilão.
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