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PF envia ao STF investigação sobre ‘Rei do Lixo’ e desvio de emendas parlamentares Processo estava na Justiça Federal da Bahia.

Mudança significa que polícia encontrou provas contra pessoas com prerrogativa de foro.

17/01/2025 às 12h28
Por: Redação
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Foto: Divulgação.
Foto: Divulgação.

A Polícia Federal enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a investigação da Operação Overclean, que apura suspeita de desvio de recursos públicos, incluindo de emendas parlamentares. Na prática, isso significa que a polícia encontrou provas da participação de pessoas com prerrogativa de foro no esquema.

Até então, alguns políticos foram citados nas investigações, mas a polícia dizia que não havia provas contra pessoas com prerrogativa de foro que justificassem o envio do inquérito ao STF. Um dos políticos que já foi citado é o deputado federal Elmar Nascimento (União Brasil-BA). A PF encontrou no cofre do empresário José Marcos Moura, conhecido como “Rei do Lixo”, uma escritura de compra e venda de um imóvel de uma empresa para Elmar.
Marcos Moura é empresário do setor de coleta de lixo e membro do diretório e da executiva nacionais do União Brasil. Ele é apontado na investigação como o elo político do grupo criminoso, e chegou a ser preso pela polícia.

Ele utiliza sua rede de contatos e influência política para interceder junto a autoridades, protegendo os interesses da organização, facilitando o andamento de contratos e o desbloqueio de pagamentos. Moura é uma figura-chave que conecta os líderes da organização com figuras políticas de relevância, garantindo que os esquemas de fraude continuem operando sem interrupções. Denota-se que, inclusive por outras conversas analisadas, que Marco Moura é uma espécie de articulador de relevância para o grupo criminoso e que tem preponderância nas decisões das secretarias e em outras cidades”, afirma a PF no relatório encaminhado ao Judiciário.
Segundo a apuração, ele atuava junto com Alex Parente, preso com uma mala com R$ 1,5 milhão em espécie em um jatinho que saía de Salvador com destino para Brasília e que é apontado como o líder do grupo junto com o seu irmão, Fábio Parente. De acordo a PF, Alex é sócio de “diversas empresas usadas no esquema”, tendo movimentado “grandes quantias utilizando notas fiscais frias para simular serviços inexistentes”.

Em depoimento prestado após a prisão, Alex disse que o dinheiro apreendido no jatinho era “proveniente de venda de alguns equipamentos pesados”. Para a PF, os valores transportados tinham origem ilícita e seriam destinados para pagamento de propina em Brasília. Foi apreendida também uma planilha contendo relação de contratos e valores totalizando mais de R$ 800 milhões em contratos suspeitos.

No processo, a defesa de Marcos Moura disse que a investigação parte de uma série de especulações apontando que a relação de amizade entre o empresário e Alex Parente "traduziria uma verdadeira prova da suposta associação criminosa". A defesa de Alex já afirmou que vai “esclarecer todos os fatos no curso da investigação e eventual processo”.
Outro político citado na investigação é o ex-prefeito de Salvador ACM Neto, também do União Brasil. A PF apontou indícios de que Marcos Moura pode ter pedido ajuda ao ex-prefeito para destravar negócios de um grupo empresarial suspeito de fazer parte de um esquema de desvio de recursos públicos. Segundo investigadores, há diálogos entre os alvos da operação que sugerem uma referência ao dirigente do partido União Brasil.
ACM Neto não é investigado formalmente no inquérito. Procurado, ele afirmou, por meio de nota, que as investigações não encontraram "qualquer diálogo" seu nem mesmo "citação direta" ao seu nome. "Existem apenas inferências, que, ainda assim, não estão relacionadas a qualquer ato ilícito", disse o ex-prefeito.
O relatório da PF mostra indícios de como foram manipuladas licitações e contratos públicos que movimentaram R$ 1,4 bilhão e levou à apreensão de 23 carros de luxo, três lanchas, três aeronaves, seis imóveis, 38 relógios de luxo, joias e mais de R$ 3 milhões em espécie.

Dinheiro pela janela
Um dos alvos da primeira fase da operação, realizada em 10 de dezembro do ano passado, foi o vereador de Campo Formoso (BA) Francisquinho Nascimento (União Brasil), primo de Elmar Nascimento. Durante a operação, antes de ser preso, ele foi flagrado lançando uma sacola com R$ 220,1 mil pela janela.

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